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sábado, 24 de abril de 2010


Doença de Alzheimer: cuidados a ter com o doente
Doença de Alzheimer: cuidados a ter com o doente
Com sintomas que vão desde a perda de memória, perturbações de sono, confusão, agitação, incapacidade de comunicar, incontinência, depressão, comportamentos agressivos e perigosos, há vários cuidados a ter em conta quando se lida diariamente com um doente com Alzheimer.
A maior parte dos doentes com Alzheimer passa a viver no passado, uma vez que já não se conseguem lembrar do que fizeram ontem, dos nomes das pessoas com quem habitualmente lidam, números de telefone ou conversas recentes. Por norma, a memória de longa duração não é afectada, ou só o é já em fases adiantadas da doença, o que significa que o passado do doente passa a ser o seu presente, sendo que os eventos recentes são pura e simplesmente esquecidos. Será mais fácil, para todos, adaptar-se ao doente e não ao contrário, ou seja, fazer um esforço para viver a realidade actual da pessoa, mesmo que seja uma época da sua vida de há 20 anos atrás. Pelo menos assim há a possibilidade de recordar e conversar, aproveitando o facto do doente continuar atento e comunicativo.
Sem querer tornar a sua casa numa prisão e o doente num prisioneiro, promova um ambiente seguro: retire da casa de banho pequenos electrodomésticos como secadores ou máquinas de barbear; feche à chave armários com produtos perigosos ou quartos onde o doente corre algum risco de se magoar; coloque barreiras de segurança nas escadas; muitos doentes já não reconhecem o seu próprio reflexo e, por isso, os espelhos ou vidros podem confundir ou assustar uma pessoa com Alzheimer se isso acontecer, opte por arruma-los ou cobri-los. Disponibilize um espaço amplo, limpo e tranquilo onde ele possa estar à vontade; rodei-o de objectos familiares, como fotografias ou outras lembranças pessoais.
O que deve evitar? Ambientes muito barulhentos ou com muita gente (podem agitar o doente, levando-o à fuga); apressá-lo com seja o que for (as rotinas diárias como tomar banho, vestir e comer tornam-se difíceis e até perigosas para executarem sozinhos, por isso, ajude-o a manter a sua dignidade); não fale sobre a pessoa e as dificuldades da doença à sua frente (se possível, é fundamental continuar a promover a independência do doente e as suas relações sociais).
Pelo menos 60% de todos os doentes com Alzheimer acabam por vaguear e não conseguem voltar ao seu ponto de partida. Não deixe portas e/ou janelas abertas; evite pedidos para ir levar o lixo ou levantar o correio sozinho; retire-lhe as chaves do carro se achar que a sua condução possa representar um perigo para ele ou para os outros.
A comunicação ou falta dela pode ser um grande desafio. Muitos doentes têm dificuldade em formular frases completas, outros deixam de falar por completo. Fique atento à linguagem corporal e às suas expressões faciais e não se esqueça que conhece bem esta pessoa. Se sempre gostou de música clássica, ponha um CD a tocar; se é um apaixonado por futebol, ligue a televisão na altura de um jogo; mime o doente com carinhos e afectos, um forte abraço ou apenas a sua companhia podem fazer maravilhas.
Não é o Alzheimer em si que provoca a morte, mas sim as infecções e doenças que podem surgir em sequência desta. Há que ser rigoroso: estabeleça e cumpra os horários da toma da medicação e de ir à casa de banho; certifique-se que o doente beba muita água; se verificar alterações nos hábitos alimentares ou de sono vá ao médico; as mudanças de comportamento e de estado de espírito como ansiedade, querer estar sozinho ou tristeza também devem ser vigiadas.
Manter a mente e o corpo activos é fundamental. Tarefas de reduzida dificuldade, como apanhar ou dobrar a roupa, mantêm as pessoas ocupadas, sem as frustrar ou aborrecer. Existem muitas actividades que podem e devem realizar-se com um doente de Alzheimer, até para estimular os sentidos: dançar, cantar, jardinar, pintar, caminhar, conviver com crianças, cozinhar, fazer a manicure ou tratar do seu cabelo, são apenas alguns exemplos.
Pode surgir a altura em que os cuidados que o doente necessita já não possam ser administrados em casa. Quando assim for, procure um lar ou casa de repouso com experiência no tratamento de doentes com Alzheimer.

Um comentário:

  1. 6) Tratamento.

    No começo é possível diminuir a velocidade da doença, obter melhora de memória e estabilidade do comportamento (que já teve um parente com Alzheimer sabe como isto é importante).

    Atualmente os medicamentos mais eficazes são os Inibidores da Acetilcolinesterase. Vitaminas e Gingko Biloba podem ser úteis, desde que administrados com a medicação específica). Anti-inflamatórios e a Reposição Hormonal com estrógenos não são mais usados.

    Alguns cuidados são úteis:

    Ambiente calmo e com estímulos positivos.
    Manter as coisas sempre arrumadas da mesma forma, ambiente conhecido, para evitar desorientação maior ainda.
    Não deixar o paciente sair sozinho (para ele não se perder).
    Vida saudável: não fumar, não beber, fazer caminhadas, ter uma ocupação mesmo que rotineira e repetitiva.
    Exercícios para memória. Por exemplo: palavras cruzadas, contas matemáticas, contar para a família o que o noticiário de TV mostrou, resumir o que leu no jornal, como foi o capítulo da novela, jogos de memória para crianças, etc.
    Manter uma luz fraca acesa à noite. Se o paciente acordar saberá onde está.
    Cartão com identificação, nome e telefone de familiares, etc.
    Tirar objetos de valor da casa. Provavelmente pessoas estranhas ajudarão a cuidar do paciente.
    Retirar tapetes soltos e móveis baixos.
    Barras de segurança nos banheiros e ao lado da cama.
    Cadeira plástica para o chuveiro
    Caprichar na higiene inclusive oral.
    7) Para a família do portador de Alzheimer:

    A Doença de Alzheimer não afeta apenas o paciente mas também suas pessoas próximas, que se desgastam grande em termos emocionais, físicos e financeiros.

    Repetir muitas vezes os pedidos mais simples, ajudá-lo a se vestir, se lavar, se alimentar, é muito cansativo.

    Mesmo cuidadores profissionais (empregadas bem treinadas, enfermeiras, acompanhantes) correm o risco de ficarem esgotados.

    Organize bem os turnos, rodízios, feriados, férias. Não tem sentido todos os cuidadores ficarem cansados ao mesmo tempo.

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