musica

http://www.goear.com/listen/86b23e5/far-away-dishwalla

ALZHEIMER POEMAS E REFLEXÇÃO

http://www.globalcharter.org/

OBRIGADO PELA SUA VISITA DEIXE AQUI SUA FRASE OU MENSAGEM PARA OS CUIDADORES

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Volta Redonda

Poucas pessoas sabem, mas na próxima terça-feira, dia 21, é lembrado o Dia Mundial do Alzheimer. A doença - que atinge uma parcela significativa da população mundial - vem sendo tratada com mais importância nos últimos anos. Segundo estimativas, a doença atinge cerca de 5% da população brasileira com idade igual ou superior a 65 anos e, após os 80 anos, a prevalência da doença é de 15%. De acordo com levantamento do Ministério da Saúde, a doença matou seis vezes mais brasileiros na última década: em 1999 foram cerca de 1,3 mil casos; já em 2008, o número pulou para quase oito mil. Em média, a descoberta da doença demora três anos e, em 95% dos casos, os pacientes morrem nos primeiros cinco anos após as primeiras manifestações do problema.

Alguns sintomas mais comuns do Mal de Alzheimer são as alterações comportamentais, repetições, dificuldades para lidar com tarefas complexas e planejamento, perda da habilidade espacial e de organização e esquecimento. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado garantem ao paciente uma vida mais longa e com mais qualidade. Avaliações neuropsicológicas, fonoaudiológicas e exames de neuroimagem são os principais meios de se descobrir à doença.

Em Volta Redonda, um grupo conhecido como GACA (Grupo de Apoio aos Cuidadores de Doentes de Alzheimer), formado por mais de cinquenta pessoas que têm familiares com a doença ou trabalham com os doentes, se reúnem há mais de 10 anos em uma sala cedida por uma igreja bairro do Aterrado, todas as segundas-feiras, a partir das 17h30min.

O GACA foi criado pelo geriatra José Roberto Barroso Arantes, que sempre comparece às reuniões, acompanhado de outros profissionais de várias áreas médicas como fisioterapeutas, estagiários de medicina, psicólogos e enfermeiros, que comparecem para trocar idéias e aprender na prática como lidar com os pacientes.

Uma dos participantes é o dentista Jorge Pantaleão, que frequenta o grupo há cerca de seis anos. O dentista tem em sua casa um caso de Alzheimer, e acredita que o seu conhecimento pode ser transmitido para outras pessoas: por esse motivo, criou um vídeodocumentário chamado "Um dia com Maria", mostrando um dia com sua mulher - que possui a doença desde 2004. No DVD ele mostra que o carinho da família é muito importante e que o paciente deve sempre ser estimulado, tentando fazer com que sua memória seja trabalhada.

- O amor e o carinho são os remédios mais eficazes para o paciente. Muitas famílias abandonam a pessoa depois que o diagnóstico confirma a doença. Por isso temos um grande índice de falecimento nos cinco primeiros anos - afirma.

Outro conselho que o dentista faz para os familiares é colocar o paciente em fisioterapia - o que poderá ser recomendado inclusive pelo próprio médico - colocá-lo em algum grupo de ajuda e não isolar o familiar, estimulando-a a fazer atividades normais como qualquer outra pessoa.

- Sempre levo a Maria para bailes, festas e quaisquer eventos que possamos ir. O interessante não é você trancar, e sim socializar o paciente - conclui.

Ele ainda afirma que as pessoas que mais sofrem com o mal são os próprios familiares, que se abatem muito com a doença. O dentista diz, também, que a doença é mais Social do que médica, exatamente pelo fato de a família se abalar com o fato.

Grupo enfrenta problemas para implantar associação

O dentista Jorge Pantaleão também faz parte da Assessoria de Conscientização do Alzheimer do Lions Clube, e vem junto com a fundação viabilizando o projeto de criação da Associação de Parentes e Amigos dos Portadores da Doença de Alzheimer. Eles pretendem construir uma unidade de atendimento em terreno amplo, contendo espaços para a administração, cozinha, refeitório, sala de fisioterapia, estrutura para repouso, quintal com quiosques, mesas e bancos para atividades e também um galpão para dinâmica de grupo. Porém, de acordo com o dentista, as obras não saíram do papel pelo fato de o projeto ter que ser aceito pelo prefeito Antônio Francisco Neto (PMDB), o que - segundo ele - ainda não aconteceu.

Pantaleão ainda diz que, para a associação se tornar realidade, também são necessárias ajudas da própria comunidade.

- Precisamos também que a sociedade nos ajude da forma que for possível

Nenhum comentário:

Postar um comentário