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ALZHEIMER POEMAS E REFLEXÇÃO

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quinta-feira, 20 de outubro de 2011


Dr. Thiago, há algum teste ou exame que mostre se a pessoa possui alguma pré-disposição para a Doença de Alzheimer?

Primeiramente precisamos definir “pré-disposição”. Por exemplo, para desenvolvermos uma gripe é necessário ser infectado por um tipo de virus. Entretanto, fatores como uma baixa imunidade podem facilitar a infecção viral e o aparecimento da gripe. Neste caso, a baixa imunidade seria um fator de risco para a gripe pois pré-dispõe a pessoa à doença. Alguns fatores de risco já são conhecidos por estarem relacionados ao aparecimento da Doença de Alzheimer (DA). São eles: hipertensão arterial, Acidente Vascular Encefálico (AVE, mais conhecido por derrame), diabetes, hipercolesterolemia desenvolvida na vida adulta, consumo de álcool, tabagismo e obesiade. Além disso, há algumas mutações gênicas e algumas combinações de alelos em determinados genes que aumentam o risco para a DA. Por exemplo, atualmente pode-se tipar a apolipoproteína E presente no sangue. Pessoas com a presença do tipo E4 têm uma pré-disposição maior ao desenvolvimento da DA. Mas cuidado! A presença de um ou mais dos fatores de risco acima não significa que a pessoa terá a DA. Muitas pessoas que tomaram conhecimento de que têm um ou os dois alelos E4 passaram por significativo abalo emocional e depressão, ambos desnecessários já que não há garantia que terão a doença. Logo, não faz sentido realizar este tipo de tipagem sanguínea antes do aparecimento dos sintomas da DA.

Quais os medicamentos atuais indicados para o Alzheimer? Eles curam a doença?

Atualmente o tratamento da DA se baseia no uso de medicamentos inibidores de uma enzima cerebral, a acetilcolinesterase (AChE). Tais medicamentos aumentam a quantidade de acetilcolina no cérebro (substancia degradada pela AChE). Porém, estes fármacos promovem um tratamento apenas sintomático e paliativo. Ainda não há medicamento disponível que reduza ou interrompa a degeneração cerebral causada pela DA. Os inibidores da AChE disponíveis no mercado são a donepezila, a rivastigmina e a galantamina. O efeito desses medicamentos começa a aparecer após 8 a 12 semanas do início do tratamento, e deve-se sempre tentar atingir a dose máxima tolerada (dose máxima em que ainda não aparecem reações adversas). Isso é feito para tentar conseguir a máxima melhora funcional possível para o doente. Muitas pessoas com DA não respondem a ao tratamento inicial com um dos inibidores da AChE. Nesses casos pode-se tentar utilizar outro medicamento desta mesma classe ou associar o medicamento inibidor da AChE com a memantina. A memantina, medicamento disponível para o tratamento da DA desde 2003, diminui a velocidade do declínio cognitivo em pacientes com DA moderada a grave e reduz distúrbios comportamentais e agitação psicomotora. Os inibidores da AChE são indicados para o tratamento da DA nas fases iniciais a moderada.

O tratamento, qualquer que seja, deve ser iniciado por médicos especializados no cuidado de pacientes com demência, como neurologistas, psiquiatras e geriatras. O tratamento e o esquema terapêutico devem ser reavaliado a cada 6 meses - também por um especialista - por avaliação global, funcional e comportamental do paciente geriátrico, e pelo teste do MEEM (Miniexame do Estado Mental) ou do CDR (Clinical Dementia Rating). Enquanto houver benefício clínico o tratamento deve ser continuado.

Drogas antipsicóticas são usadas comumente para tratar agitação, agressão e psicose com eficácia moderada. Alguns aticonvulsivantes como a carbamazepina também têm sido usados com esta finalidade. Para o tratamento da depressão associada podem ser usados antidepressivos como o citalopram e a sertralina. A maioria destes medicamentos são usados na DA de modo off-label (isto é, sem indicação para pacientes com DA na bula).

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