È um poço sem fundo, um estado de melancolia, cansaço físico e estresse.
O cuidador solitário pode estar no meio de uma multidão, com familiares queridos, auxiliares, ele sempre será sozinho, sempre estará numa ilha deserta.
Seus sentimentos se mesclam entre o cansaço e a agonia de ver seu ente querido morrendo aos poucos na última fase, em muitos momentos ele não saberá o que fazer , seus pensamentos antes seguros e com resquício de discernimento, estão enveredando para a dor, a raiva de si próprio, de amigos e até mesmo de familiares.
Só quem passa por esta provação do final do túnel sabe, por mais que queria restituir a saúde, de todas as maneiras do ser amado, é um caminho sem volta
A tristeza, solidão, desespero podem formatar seu cotidiano.
A melancolia, a falta de refúgio para possível distração mora ao lado e não ocupa ou divide o mesmo ambiente do cuidador, estes desejos de liberdade não pertencem mais a ele que navega por mares cujas profundezas contidas neste afogamento de uma realidade que bate violentamente em seu rosto
A quem recorrer? A quem gritar por socorro? Seu amado familiar está perdendo a força física, os movimentos, o sorriso que se apagou no passado e desmascara a nudez do olhar perdido.
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