Onde está a criatura que sorria, piscava, embalava-nos no colo com segurança? Trocava diálogos repartia o pedaço de pão igualmente entre os filhos, que constituía o seu lar de cheiros e flores.
Onde está ele agora? Afundando-se na doença, na dor de uma saúde perdida, desaparecida e olvidada;
Conviver com a fraqueza orgânica do familiar paciente, da mãe ou pai agora ausente totalmente física e mentalmente é um retrato na escuridão, você vê, sente mas não suporta a dor.
Por mais conhecimento teórico sobre a doença, mais expectativas de suportar as fases que ainda tem, o cuidador se esbarra na Vicência pesada, dura e desnuda do seu sofrimento interior.
Não é rebeldia, os gritos íntimos não são manhas de amador, são dores maiores que consegue suportar.
Não é carregar alguém no colo com 100 Kilos, é carregar os 100 kilos em seu coração.
È um grito sem testemunha, é a quebra da espinha dorsal de seus sentimentos mais elevados, o familiar cuidador sofre a perda , a sepultura não está fechada, ao contrário está retida em seu intimo
21 de setembro !!!
Há 12 anos
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