OS MEUS SENTIMENTOS SÃO TANTOS... TENHO SAUDADES DO QUE FIZ COM MINHA MÃE.
E NUNCA MAIS FAREI DE NOVO E O QUE DEIXEI DE FAZER E SEI QUE NUNCA MAIS
TEREI A OPORTUNIDADE.
SINTO TAMBÉM MUITA SATISFAÇÃO EM PODER FICAR UM TEMPO MAIOR AGORA COM ELA, AGORA QUE ELA MAIS PRECISA E QUE QUASE NÃO TEM NINGUÉM POR PERTO.
PARA MEU MELHOR, MELHORA DELA E PARA NÃO INFUÊNCIAR MAIS MINHA FAMILIA.
NÃO PENSO EM NADA NO AMANHÃ, VIVER UM DIA POR VEZ, AS VEZES, JÁ TÁ BEM PESADO, ENTÃO FICO SOMENTE NO HOJE,NO AGORA.
Gostaria de aproveitar seu depoimento para reforçar e refletir algo que falamos muito aqui e que eu, como pedagoga, tenho cada vez mais certeza disto. É sobre a questão do CONHECIMENTO sobre a doença. Existe uma tendência de não valorizarmos aquilo ou aqueles que não conhecemos. Ao longo do tempo, vamos aprendendo o que devemos ou não fazer, em todos os aspectos da vida e estes conceitos podem ser alterados conforme a evolução do mundo, do nosso meio, das nossas condições próprias de vida e temos que ir lutando, nos adaptando ao que vem pela frente. Tudo isto vai influenciando nossa maneira de ser, sentir, ver e reagir diante dos fatos. Principalmente no caso de ser um cuidador de uma pessoa que tem uma doença tão debilitante quanto esta. Para mudarmos nossos conceitos, nossa visão e para "tirar leite até de pedra", que é o caso de tanta gente que se dedica aos cuidados dessas pessoas, é necessário alguns requisitos, básicos, mas muito importantes e um deles é o CONHECIMENTO. Acredito fortemente que este seja um fator primordial para que esses cuidadores consigam ultrapassar toda uma história difícil, complicada e ainda conseguir sacrificar-se e continuar amando, acima de tudo. O conhecimento vai fortalecer porque faz entender o que se passa com o portador, como será o processo da doença, quais suas reais condições e o que se pode fazer para amenizar as dificuldades de ambos: do que cuida e daquele que é cuidado. O CONHECIMENTO dá esta determinação de que "o passado deve ser zerado e o melhor a fazer é perdoar e amar", conforme você colocou. Compaixão. É claro que precisa ser realmente GRANDE por dentro para concluir assim... pessoas muito sensíveis, bem intensionadas e nobres de coração sentem isto com mais facilidade. Para mim, estas são as qualidades de todos os que conseguem cuidar com carinho e ainda ver o lado bom de tudo isto...
ResponderExcluirGrande abraço!
Beth Piovezan