todos os cuidadores precisam cuidar primeiro de si proprio para poder cuidar bem do seu paciente.
Estamos começando o mês de fevereiro, vamos pensar em fazer aquela visita ao médico que estamos sempre adiando?
Que tal dar um novo corte no cabelo, mudar o visual, isso ajuda muito a levantar a alta estima.
Ler um livro novo, eu sugiro A CABANA, li e adorei, uma nova visão de Deus, um livro que começa com uma estória de dor e tristeza e tem um final surpreendente.
Demência
ResponderExcluirAtualmente muito se tem falado a respeito de demência, usando – se quase sempre o termo “Mal de Alzheimer”, como se fosse a única causa. A mídia com freqüência aborda este assunto em suas campanhas de esclarecimento de saúde, as pessoas já estão tão acostumadas que não há quem não saiba falar, a seu modo, dos males da doença de Alzheimar. Pois bem, basta alguém começar a esquecer um pouco acima do comum ou fazer algumas confusões que logo vem a preocupação de estar iniciando esta doença, considerada assombrosa e ameaçadora, seja pela própria pessoa ou por alguém que se observa, quase sempre um membro da família.
Mas em fim, o que é demência? É o mesmo que loucura? Própria das pessoas idosas ou que começam a envelhecer? Obviamente que não. Para que se possa entender deixe – me falar de uma certa função do cérebro chamada COGNIÇÃO a qual é composta de um grupo de habilidades que estão espalhadas pelo cérebro e que fazem conexões entre si. São exatamente por causa delas e destas conexões que conseguimos resolver os problemas do cotidiano. São exatamente seis habilidades que compõe a cognição, são elas; MEMÓRIA, LINGUAGEM, FUNÇÃO EXECUTIVA (esta nos permite planejar tudo que queremos realizar dentro de uma seqüência lógica e prática, desde atos simples como por onde começar a se vestir ou até sair de casa para resolver uma lista de problemas), FUNÇÃO VISUO – ESPACIAL (esta nos dá condições de nos localizarmos no espaço e perceber a relação dos objetos entre si, sua alteração faz o individuo se perder na rua ou até mesmo dentro de casa), PRAXIA (capacidade de formular, seqüências, coordenar e executar atos motores, seu prejuízo causa, por exemplo, incapacidade para amarrar os sapatos, pentear – se, usar uma chave, etc.). GNOSIA (pode ser definidas como a capacidade de conhecer objetos, cores, pessoas). Outras alterações também existem as quais se associam às alterações cognitivas resultando numa série de sintomas como a irritabilidade, ansiedades, agressividade, depressão, alucinações, delírios de perseguição, de estar sendo roubado, traído pelo cônjuge e a desinibição onde o individuo perde todo seu recato falando com isto palavrões, assediando sexualmente a qualquer pessoa de sua família ou não.
Várias doenças podem produzir demência, entre elas, a mais comum, a doença de Alzheimer que atinge 15 milhões de pessoas no mundo todo, só no Brasil cerca de 2 milhões respondendo por 50 a 70% das demências. Ela não tem cura, mas podemos retardar sua evolução, aliviar seus sintomas, prolongar seu convívio consciente com a família, evitar ou retardar sua evolução através dos cuidados que podem ser com o uso de medicamentos e sem o uso de medicamentos, este último de extrema importância porque evita – se o uso de medicamentos que trazem efeitos colaterais importantes especialmente em idosos, portanto é muito importante que os cuidadores e toda família tenha orientação; conhecimento da doença e da forma como lidar com os diversos sintomas. Dentro desta parte do tratamento também está incluído a ajuda da fonoaudióloga, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, e a psicóloga, todos integrados com o médico assistente e a família.
Deve – se comentar também a demência vascular, assim chamada por causa dos danos cerebrais causados pelo comprometimento em seus vasos sanguíneos provocados pela diabete, dislipidemias (colesterol e outras gorduras), tabagismo, etilismo, sedentarismo, obesidade. Seu quadro clínico se assemelha muito com a doença de Alzheimer e não raro se associa a ela. É a segunda causa mais freqüente de demência e tem a vantagem de poder ser evitada ao contrário da doença de Alzheimer.
Dr. Jorge Vidigal.
Neurologista.